28 de nov. de 2009

Projetos de leitura para o ano de 2010



PROPOSTAS DE ATIVIDADES DE PROMOÇÃO DE LEITURA ENVOLVENDO GRUPOS ESPECIAIS DE USUÁRIO
1. Leitura na Terceira Idade
          Desenvolvimento de programas buscando a participação de pessoas mais idosas – grupos da terceira idade.
          Atividades propostas: A Hora do Conto feita por pessoas idosas – o vovô ou a vovó na Biblioteca – é uma experiência que tem tido muito êxito, pois as crianças vivenciam a projeção, na biblioteca, de momentos onde o emocional também está presente, e é um complemento importante na aproximação da criança com o livro.
          São também importantes as atividades feitas a partir de livros de leitura quando o grupo de idosos pode ler e reunir-se para comentar as leituras feitas. Os interesses mais diversos podem ser o centro das leituras; por exemplo, em se tratando de um grupo de mulheres, poderão ser reunidas e lidas receitas culinárias para serem selecionadas no grupo. Também poderão ser consultados livros de trabalhos manuais, artesanatos, folhagens etc., sempre atendendo a interesses manifestados pelas participantes.
Variações dessas atividades são também feitas em asilo, quando poderão ser feitas leituras de histórias para idosos que, por deficiência de visão, muitas vezes se vêem impedidos de ler.
Parceiros das atividades: SEMAS/Fábrica da Comunidade e asilos do município.
2. Leitura na família. Programa de visitação – agentes culturais
          Cabe à Biblioteca Pública, expandir seu contexto de atuação, de modo que a leitura e o acesso à informação passem a ser uma constante nos lares de seus usuários. Por isso, o trabalho que se desenvolve contando com a participação de idosos deve ser estimulado a ter continuidade nos lares. Não só o aspecto do desenvolvimento da leitura será beneficiado, mas também o envolvimento de idosos em outras atividades, dando-lhes outro sentido à sua existência num momento da vida em que, com freqüência, são marginalizados. Assim, é também útil orientar a família, utilizando-se de reuniões onde o objetivo seja fazer com que também os lares se transformem em ambientes propícios para o uso do livro. Infelizmente a Biblioteca não dispõe de pessoal suficiente para uma empreitada como esta. Neste caso, o engajamento de voluntários cuja missão será fazer visitas aos lares, estimulando e orientando atividades na área da leitura. Nesse sentido, a biblioteca poderá promover, por exemplo, treinamentos/cursos sobre “como contar histórias”, cuja clientela seria as pessoas da própria comunidade.
Parceiros da Atividade: Membros da Sociedade Amigos da Biblioteca, Contadora de Histórias (Cantinho da Leitura) e demais interessados (voluntários).
3. O adolescente na biblioteca
          A programação para adolescentes é uma das atividades mais difíceis para a qual as bibliotecas estão muito pouco preparadas. Além de faltar informação sobre características, necessidades e interesses do adolescente, os acervos são também muito pobres nesse campo. A literatura já contempla esses usuários com livros dedicados a essa faixa etária. Se por um lado o adolescente está abandonando a infância, ele também não é o adulto que freqüenta a biblioteca pública. Vale ressaltar que bibliotecários, educadores e demais pessoas envolvidas com a educação e com a cultura de modo geral precisam voltar suas atenções para esse grupo de usuários. É preciso reconhecer o valor das publicações que tratam dos diferentes aspectos desse período difícil de transição que é a adolescência. É nessa época que o jovem desperta para a escolha da carreira a seguir, suas ocupações e passatempos, interesses por aventuras amorosas, esportes, questões sexuais, preparação para o matrimônio e a vida no lar, dentre outros assuntos.
Assim, é interessante para a biblioteca tomar as seguintes providências:
• Desenvolver programas especiais para a juventude;
• Preparar pessoal de sua equipe para o atendimento ao adolescente ou, em bibliotecas pequenas, que o responsável procure essas informações;
• Formar acervo adequado ao jovem;
• Desenvolver atividades de integração com os programas da biblioteca.
          As atividades culturais, de animação de leitura, terão como eixo os assuntos de interesse maior dos adolescentes, conforme exemplificado anteriormente. Grupos de leitura ou Clubes de leitura poderão ser organizados, nos quais os jovens decidem quais leituras serão feitas (literatura, assuntos gerais); cada um assume um livro e depois se reúnem para apresentar e discutir no grupo o livro lido.
          O desenvolvimento de atividades com crianças poderá ter o apoio dos jovens, lendo histórias para crianças tanto na biblioteca como em programas desenvolvidos em praças, hospitais, entidades, escolas, ou leituras em rádio local ou TV Comunitária (Hora do Conto e um programa de curiosidades, por exemplo).
Temos certeza de que a criatividade dos responsáveis e os recursos locais vão permitir muitas atividades inovadoras na biblioteca central e nos ramais.
4. Grupos de mulheres
          A biblioteca, ao conhecer seus usuários e, particularmente, esse grupo em especial, oferecerá informações adequadas aos seus interesses. Assim, mães, donas de casa, grupos especiais de senhoras serão responsáveis pela programação desse grupo. É importante registrar as experiências que muitas bibliotecas têm tido com esse grupo de usuários. Um dos casos é vivido pela Biblioteca Demonstrativa de Brasília, Fundação Biblioteca Nacional. Hoje as mulheres representam uma força significativa dentro da biblioteca, não apenas pela programação, que promove palestras com especialistas que tratam de assuntos de interesse da mulher, especificamente, mas também na organização de eventos, exposições e na prestação de apoio às ações da própria biblioteca.
          A partir da realidade da biblioteca, a equipe responsável, juntamente com a Sociedade Amigos da Biblioteca, poderá planejar atendimento especial a outros grupos de usuários que sejam identificados.
Texto adaptado do livro: Curso de Capacitação para Dinamização e Uso da Biblioteca Pública (Manual). Autores: Walda de Andrade Antunes, Gildete de Albuquerque Cavalcante e Márcia Carneiro Antunes. Editora: Global, 1996.

Nenhum comentário:

Postar um comentário