Na Semana Afonso Schmidt que acontece todo mês de Junho, os Saraus sempre se fizeram presente. Neste grupo de poetas e escritores cubatenses, acontecem diversas apresentações e para quem prestigia sempre é tocante! E realmente tocam! Há musicalidade nas apresentações, com voz e violão.
Sob direção de Nalva Leal- integrante da SAB - Sociedade dos Amigos da Biblioteca - no formato presencial acontecia toda última quarta-feira do mês, no Auditório da Biblioteca ou nas escolas da rede pública, além de asilos e confraternizações. Agora, novo formato devido Pandemia, no modo virtual, devem se articular também...basta procurar saber.
Aqui, alguns dos poemas por eles enviados desde JUNHO e que agora compartilho no Blog da Biblioteca de Cubatão. Deleite-se! Boa leitura!
Dani Da Guarda
Chefe de Divisão de Biblioteca e Arquivo Histórico
SARAU SAMBAQUI❤
Minha
praça
Poeta: LEONEL TEOBALDO
Hoje, Cubatão
Está mais verde
Nosso céu mais azul
Nosso povo
Mais amarelo
A trêmula bandeira
mais brasileira
Sabiá, laranjeira
Canta afoito
na palmeira
Que sombria
O obelisco que ostenta
O vosso busto
Prepotente, onipotente
Lá naquela praça
Com charme e raça
Mostra o quão
foi valente
As décadas elevam
O nome do ilustre
Filho da terra
Na estrada o bambual
Ainda rumoreja
Com o vendaval
Vosso poema resiste
O tempo persiste
E assim será
Para sempre
AFONSO SCHMIDT
O
RELÓGIO
Poetisa: DIRCE DIAS COUTINHO
Relógio que marca hora pra tudo
Sem falhar num só instante
Numa sucessão sem fim.
Hora de dormir, acordar, correr, passear, sair
Trabalhar, vivitar, namorar e de partir.
Partir falo eu de toda forma, enfim
Pra viajar, deixar alguém que se ama
Pai, mãe, irmãos, amigos, o trabalho
Se partir fosse só isso tudo estaria bem.
O pior é quando a hora marca para se partir também.
Mas, neste mundo de relógio e de horas
Neta vida é e
sempre será assim.
Tudo passa, hora, relógio que marca tudo
Só não marca a saudade quando ela chega ao fim...
Sem
rumo
Poetisa: NINA FARFALLA
Na rua os homens caminham
Não olham
Não veêm
Não ouvem
Seus passos apressados
Atropelam o vento
Atropelam as pedras
Atropelam as palavras
Nada enxergam...
Nada ouvem...
Nada dizem...
Nada pensam...
Na rua os homens
Caminham
Rumo ao nada.
NÃO
VOU EMBORA
Poeta: ROBERTO FACORO
Cubatão me deixa ficar...
Seus filhos só pensam em ir embora...
e viver em outro lugar...
Cubatão me deixa ficar...
Quero banhar-me nas suas cachoeiras
e curtir a paz desse lugar...
Cubatão me deixa ficar...
Também posso ter sonhos aqui
e curtir a Zanzalá...
Cubatão me deixa ficar...
Para ouvir os teus poetas
enaltecer esse lugar...