14 de ago. de 2020

Sarau do Sambaqui - S.A.B. - Sociedade dos Amigos da Biblioteca de Cubatão

     Na Semana Afonso Schmidt que acontece todo mês de Junho, os Saraus sempre se fizeram presente. Neste grupo de poetas e escritores cubatenses, acontecem diversas apresentações e para quem prestigia sempre é tocante! E realmente tocam! Há musicalidade nas apresentações, com voz e violão. 

Sob direção de Nalva Leal- integrante da SAB - Sociedade dos Amigos da Biblioteca - no formato presencial acontecia toda última quarta-feira do mês, no Auditório da Biblioteca ou nas escolas da rede pública, além de asilos e confraternizações. Agora, novo formato devido Pandemia,  no modo virtual, devem se articular também...basta procurar saber.  

Aqui, alguns dos poemas por eles enviados desde JUNHO e que agora compartilho  no  Blog da Biblioteca de Cubatão. Deleite-se! Boa leitura!


Dani Da Guarda

Chefe de Divisão de Biblioteca e Arquivo Histórico


SARAU SAMBAQUI❤

 

Minha praça

Poeta: LEONEL TEOBALDO

Hoje, Cubatão

Está mais verde

Nosso céu mais azul

Nosso povo

Mais amarelo

A trêmula bandeira

mais brasileira

Sabiá, laranjeira

Canta afoito

na palmeira

Que sombria

O obelisco que ostenta

O vosso busto

Prepotente, onipotente

Lá naquela praça

Com charme e raça

Mostra o quão

foi valente

As décadas elevam

O nome do ilustre

Filho da terra

Na estrada o bambual

Ainda rumoreja

Com o vendaval

Vosso poema resiste

O tempo persiste

E assim será

Para sempre

AFONSO SCHMIDT

 

 

O RELÓGIO

Poetisa: DIRCE DIAS COUTINHO

Relógio que marca hora pra tudo

Sem falhar num só instante

Numa sucessão sem fim.

Hora de dormir, acordar, correr, passear, sair

Trabalhar, vivitar, namorar e de partir.

 

Partir falo eu de toda forma, enfim

Pra viajar, deixar alguém que se ama

Pai, mãe, irmãos, amigos, o trabalho

Se partir fosse só isso tudo estaria bem.

O pior é quando a hora marca para se partir também.

Mas, neste mundo de relógio e de horas

Neta vida é e  sempre será assim.

Tudo passa, hora, relógio que marca tudo

Só não marca a saudade quando ela chega ao fim...

 

  

Sem rumo

Poetisa: NINA FARFALLA

Na rua os homens caminham

Não olham

Não veêm

Não ouvem

 

Seus passos apressados

Atropelam o vento

Atropelam as pedras

Atropelam as palavras

 

Nada enxergam...

Nada ouvem...

Nada dizem...

Nada pensam...

 

Na rua os homens

Caminham

Rumo ao nada.

 

 

NÃO VOU EMBORA

Poeta: ROBERTO FACORO

Cubatão me deixa ficar...

Seus filhos só pensam em ir embora...

e viver em outro lugar...

 

Cubatão me deixa ficar...

Quero banhar-me nas suas cachoeiras

e curtir a paz desse lugar...

 

Cubatão me deixa ficar...

Também posso ter sonhos aqui

e curtir a Zanzalá...

 

Cubatão me deixa ficar...

Para ouvir os teus poetas

enaltecer esse lugar...

 

 

 

 

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