1 de nov. de 2010

Cordel e acordes de baião no Festival “Cubatão Danado de bom” na Biblioteca Municipal

Além da estrutura montada no Kartódromo, haverá oficina de cordel, concerto didático com a música típica nordestina e apresentação dos alunos de escolas públicas no Festival


Assim como as pessoas, as diferentes regiões do nosso país também têm sua alma musical e literária. E em matéria de gente e de arte, não há como negar a diversidade do Brasil. O Nordeste entra nessa lista imensa trazendo uma bagagem cheia de melodias e belas poesias que melhor expressam a sua natureza e o jeito de ser de sua gente. O Festival de Cultura Nordestina “Cubatão Danado de bom” vai trazer um pouco de tudo isso e mais: além dos shows, dos restaurantes típicos, das exposições de artesanato, haverá oficinas e concertos didáticos sobre os sons e a literatura daquela região do país, tão rica em cultura e alegria.

A começar pela música que une e identifica os nordestinos, haverá Concerto Didático com o violonista Manoelito Martins dia 5/11 às 16h na Biblioteca Municipal de Cubatão (Av. Nove de Abril, 1977). O encontro que recebeu o nome de “Cordas e acordes do Nordeste” é uma releitura de acordes típicos como o baião, xaxado, maracatu, forró, xote, todos esses ritmos estarão presentes neste bate-papo com música. Manoelito Martins é violonista profissional, hoje vive da música nos Estados Unidos, mas sempre que pode está de volta à sua terra natal, Cubatão.

Já a energia e o orgulho dos nordestinos encontraram na Poesia de Cordel sua melhor expressão. E essa arte será destaque através do escritor cearense Moreira de Acopiara. Dia 5/11, às 14h30 ele realiza a palestra “Literatura de Cordel – tradição e modernidade”, na Biblioteca Municipal, direcionada a educadores da rede pública. A poesia de cordel é tradicional no Nordeste e se caracteriza por relatar acontecimentos dramáticos do cotidiano, da história política ou reproduzir lendas e histórias. Os folhetos ou livrinhos de cordel são impressos em papel barato e ilustrados com xilogravuras. Os próprios artistas costumam vendê-los nas feiras e ruas. O nome “cordel” vem dos varais improvisados com cordinhas para pendurar os folhetos. A ideia é levar um pouco da tradição da arte cordelista para que os professores tenham a oportunidade de trabalhar a poesia em sala de aula.

No mesmo dia, às 19h30, o escritor oferece uma Oficina de Cordel, também na Biblioteca, atividade aberta a todos aqueles que desejam aprender esse fazer literário. Moreira de Acopiara defende que a cultura popular, as raízes do homem do sertão, suas origens devem ser contadas para todas as pessoas e é isso que mostra em suas obras. O autor teve um de seus livros, “Cordel em Arte e Verso”, selecionado pelo MEC para ser distribuído nas escolas de todo país. E no dia 6/11, Acopiara e outros artistas seguem com a “Caravana do Cordel” por ruas e avenidas de Cubatão, em romaria, levando o melhor da literatura nordestina para quem quiser ler e ouvir.

Estudantes também participam do Festival – dia 5/11 o Grupo Palco e Cia, formado por alunas do curso de Dança da Escola Técnica de Música e Dança de Cubatão, apresenta a coreografia “Ploc” às 18h. Já no dia 6/11 a partir das 13h haverá participação de alunos: da UME Maranhão com a dança “Sanfona sapeca”, da UME Mário de Oliveira Moreira com a apresentação “Coletânea de Músicas Brasileiras”, da UME Bernardo José Maria de Lorena com a “Dança dos bonecos” e “Literatura de cordel”. Todas as apresentações serão no Palco Secundário montado no Festival, dentro do Kartódromo. Já no dia 11/11, estudantes da UME Padre José de Anchieta realizam uma Peça de Teatro de Sombras às 19h30, no Bloco Cultural.

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